Monday, January 04, 2016
DINÁ, A FILHA ÚNICA DE JACÓ - FORMAÇÃO EM CONTEXTO FAMILIAR CONTURBADO
Sunday, December 26, 2010
O PRIMEIRO AMOR AO REINO DE DEUS
São lindos os primeiros dias, meses e anos de conversão. "Ficamos como quem sonha", usando as palavras finais de Salmos 126.1, ainda mais para quem não teve qualquer direcionamento cristão de família na infância, ficando à mercê de vizinhos e colegas, que eram os que me convidavam para as reuniões de suas comunidades religiosas.
Confira a canção AQUI. Aparece uma foto de 1970, antes de acontecer a conversão, quando o terreno baldio do coração era ainda um entulho de sujeira sem nenhuma perspectiva.
Wednesday, September 08, 2010
INTERAÇÃO AUTOR/TEXTO/LEITOR NA BUSCA DAS ESCRITURAS
A disciplina Português 2, do curso de Validação de Créditos de Bacharel em Teologia que fiz em 2006, requereu dos alunos um trabalho sobre a interação entre o autor e o leitor na comunicação escrita. Em meu trabalho, de duas páginas mais um parágrafo (leia todo o texto aqui), defendi que essa interação depende, antes de tudo, do grau de interesse do leitor pela produção do autor. O próprio autor, ao produzir suas obras, já reage também como leitor em equivalente grau de interesse por determinados assuntos.
É claro que esse grau de interesse existe apenas no leitor verdadeiro, que não é aquele simples consumidor de ideias passivo e inconsequente. Esta espécie de leitor, na verdade, faz apenas leitura superficial ou seu campo de conhecimento é muito limitado sobre o assunto abordado. Não consegue interagir efetivamente com o texto, o que se percebe em seu diálogo com ele, em assentimento ou oposição. Não havendo leitura atenta e nem capacidade de associar o texto com outros discursos, a interação do leitor com o texto e seu autor fica evidentemente prejudicada.
Como isto se aplica na leitura da Bíblia?
Primeiro, como isto se aplicou nos próprios autores humanos das Escrituras? Os que creem na inspiração plenária e verbal das Escrituras estabelecem a priori que seu autor primário é o Espírito Santo. Mas os autores humanos não foram meros instrumentos secundários, como um Chico Xavier psicografando mensagens do além.
2 Pedro 1.21 nos revela que “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. Este mover do Espírito não os anulava nem lhes ditava termos e frases, mas os conduzia em interação pessoal consciente com os assuntos que abordavam de tal forma que podemos afirmar que sua autoria humana na verdade vem a ser uma coautoria. Eles são responsáveis pelo que escreveram, pela forma como interpretaram suas visões, sonhos, a literatura disponível a eles, além de fatos históricos precedentes e de seu próprio tempo, dos quais fizeram leitura atenta e sóbria. Foram autores humanos primários que interagiram, por comunhão de interesses, com o autor divino. O Espírito Santo, por sua vez, lhes preparou previamente o respectivo campo de conhecimento para que pudessem efetuar seus registros com autoridade e credibilidade.
Não é diferente nos que são alcançados pela graça em todos os tempos, analfabetos e letrados. Analfabetos e surdos-mudos podem ler as Escrituras no ouvir a pregação e observar a vida da igreja quando esta se torna plenamente interativa com os autores humanos da Bíblia, no mesmo grau de equivalência em comunhão de interesses que estes tiveram com a obra do Espírito Santo. É claro que o diálogo dos letrados com o texto inspirado por Deus tem que se tornar mais quantificado e qualificado. Mas não pode haver diferença quanto ao grau de interesse que apóstolos e profetas manifestaram ao lidar com a gloriosa e soberana obra que o Deus de Abraão realizava neles e no mundo de seu tempo, dentro e fora da igreja.
O Espírito Santo produz nos que são efetivamente chamados um tipo especial de inteligência – a inteligência espiritual – que já vem acompanhada de especial grau de interesse em toda obra de autoria do Altíssimo. Assim, eles vivem em constante interação e coautoria com todos os autores humanos da Bíblia e, principalmente, com seu Autor Santo, que é sua causa primária.
Tuesday, April 07, 2009
SÍNDROME DE BABILÔNIA
Desde então esse “babilonismo” pode ser atribuído a quaisquer povos, ideologias, facções políticas, esportivas, religiosas – enfim, toda e qualquer instituição que se julgue acima de tudo e de todos. Tal espírito não se manifesta com frequencia rotineira, mas, conforme as circunstâncias o exijam, pode emergir com agressividade irracional.
Nota-se ser esse o caso da Igreja Católica Apostólica Romana, representada pelo arcebispo de Olinda e Recife diante da interrupção da gravidez da criança de 9 anos, fruto do abuso sexual do próprio padrasto. A instituição se vê como a única que pode falar em nome de Deus – “Eu e nada mais que eu”, imitando Babilônia, e “eu e só eu”, ecoando a convicção dos etíopes e assírios, conforme acima referido.
Aliás, tem sido este o posicionamento oficial da instituição diante de todas as demais confissões cristãs, que são reduzidas a simples “comunidades eclesiais”. A verdadeira Igreja é somente a de Roma – “Eu e nada mais que eu”. Há poucos anos isto foi reafirmado oficialmente com todas as letras.
Esta síndrome de Babilônia é o que engessa e imobiliza a instituição em sua ética inconsistente, que produz sua cosmovisão dualista e a faz supor que recebeu um poder temporal acima de tudo e de todos, inclusive acima de qualquer poder de Estado. Obviamente, tal espírito contagia fiéis, tanto os simples quanto os letrados, e os impede de enxergar a plena justiça em um caso como este.
Mas por que, enquanto vários fiéis apóiam o arcebispo de Olinda e Recife, muitos outros também católicos se manifestam indignados com o posicionamento dele? É porque estes últimos estão livres dessa síndrome. Assim, têm facilidade de reconhecer a mão de Deus agindo também fora das fronteiras da instituição. Estejam certos ou errados, para eles, a ação da mãe e dos médicos, ou de quem quer que tenha agido pela interrupção da gravidez da menina, foi a verdadeira ordem de Deus nesse caso.
Monday, September 24, 2007
A VINDA DO REINO – 2: já está em nosso meio!
A idéia de esperança adiada desperta especulações, como a dos fariseus, que interrogaram Jesus sobre quando viria o reino de Deus (Lc 17.20). A história da Igreja registra muitos movimentos adventistas, ocupados unicamente com propostas de doutrinas escatológicas, mais futurologistas que bíblicas. Tais especulações lançam os curiosos muito mais em pesquisas e análises sobre a vinda futura do reino do que no trabalho e oração para que ele venha. Chegam a dar sugestões de datas para a volta do Senhor, delimitando períodos específicos.
À especulação dos fariseus, Jesus respondeu simplesmente: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17.20-21).
O anelo pela vinda futura do reino de Deus só se justifica para quem sonha vê-lo se manifestando já em nosso meio, mesmo sem visível aparência aos olhos do mundo. A oração pela manifestação escatológica do reino só é aceitável diante de Deus enquanto oramos e trabalhamos pela militância das igrejas e seus campos missionários, no tempo que se chama Hoje.
Tuesday, August 07, 2007
A VINDA DO REINO - 1: amá-lo e deseja-lo de fato
Vimos que a santificação do nome do Pai é o primeiro anelo de um coração que ama ao Senhor. O segundo desejo é a vinda do reino de Deus.
Mas, qual é a nossa postura diante do reino de Deus? Ele realmente nos alegra? É, de fato, a nossa opção prioritária, acima de todas as necessidades desta vida? Como expressamos isto?
Os filhos de Coré (Sl 47) exortaram todos os povos a uma postura de júbilo e aclamações. Palmas, vozes, som de trombeta e cânticos de louvores são colocados ali como modo de celebrar, comunicando a alegria no reino de Deus. “Batei palmas”; “celebrai a Deus com vozes de júbilo”; “Salmodiai a Deus, cantai louvores; salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores; ...salmodiai com harmonioso cântico”.
A razão é simples: “o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra”. Ele é o Rei que merece ser celebrado em aclamações com palmas, salmodiado com cânticos harmoniosos em vozes de júbilo, ao som de instrumentos musicais.
Quem assim demonstra alegria no reino, por ele ora e por ele trabalha, o ama de fato, o deseja de fato. Sua oração “venha o teu reino” é sincera, vem do coração.
Tuesday, July 31, 2007
SANTIFICAR O NOME – 6: diante do mundo
Os incrédulos são representados por duas classes. Uma, a dos que perseguem, fazendo oposição ativa e deliberada à Verdade, mesmo na ignorância. Outra, a dos que refletem com certo interesse e curiosidade sobre a fé em Cristo.
Foi considerando os da primeira classe de incrédulos, os opositores, que o Senhor exortou à confissão de seu nome: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). A função primária dessa confissão é santificar o nome do Pai diante dos inimigos do evangelho.
Quanto à segunda classe, é o apóstolo Pedro quem nos exorta: “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15). Aos incrédulos curiosos e talvez interessados, também confessamos o nome de Jesus. Se ele é santificado como Senhor em nosso coração, a resposta correta da razão da nossa esperança nEle lhes será dada.
Ore: “santificado seja o teu nome – no meu viver, no meu falar, no meu testemunhar”.